O Amor de Poeta É:a luz molhando o fundo do lago,a folha sem caminho que prefere o chão,um príncipe de coração embaralhado,borboletas que convidam para seu sonho,uma piada sem graça no meio da noite,mas também a noite sem graça no meio da piada,um livro abandonado sem dó,as pedras que alimentam um rio,uma mancha em umContinuar lendo “Amor de Poeta”
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Bastante Chove
A escuridão da rua noite fria úmida, noite fim de inverno bastante chove! Entro estreita viela sigo sentido centro avenida, grades do bueiro ali onde encontro ratos. Ratos que fogem do cheiro do mijo, mijo fétido dos gatos que espanta ratos. Agora flutuam ratos esgoto excremento fossa entre viela e avenida faróis acesos, carros. VelozesContinuar lendo “Bastante Chove”
Cotidiano
Soco o olho do furacão ossos do pulso se quebram em cacos, esfacelados. Durante o jantar vejo a sombra dos famintos; me envergonho. A solidão da noite perturba quando se é refém de tantos pensamentos. O remorso dilacera o espírito. Feridas n’alma são mais difíceis tratar. Parece que na minha vida o vento provém, ordinariamente,Continuar lendo “Cotidiano”