“Sei de gente que conta sua vida pelas casas em que morou, ou pelos filhos, empregos e até mesmo pelos carros.” Rosa Montero Quando esta coluna começou eu não sabia muito bem o que seria dela. Falar de livros, de como os livros nos movem, de como encontrar respostas nos livros, de como crescer lendoContinuar lendo “Ler, escrever e nos narrar”
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Navegando em mares tempestuosos
Tempos sombrios à deriva no mar da vida. E quando finalmente se vislumbra a luz do farol a brilhar na escuridão da noite, O peito se enche de esperanças na alegria de ancorar no porto tão sonhado. Mas como brilhou por tão alegres momentos, Se apagou. Então novamente A dúvida, A angústia. E mais umaContinuar lendo “Navegando em mares tempestuosos”
Essência
Não é apenas a lua, Mas sim a luz natural que guia a todos os viajantes. Não se trata apenas de coração, Mas sim de todo sentimento que nele existe. Autor Carlos Antônio Mariano tem formação em Publicidade E. Protec, Desenho mecânico E. Mecking, elétrica e hidráulica. Trabalha atualmente com manutenção predial. Amante da leitura,Continuar lendo “Essência”
Clara
Clara luz de sóis distantes brilha a lua nua, pura, inverno no hemisfério sul. Claro orvalho sobre a rosa amor obducto nuvens manchas no céu marinho-azul. Velho coração improdutivo latifúndio à espera de reforma, invadido pelos afetos e sonhos. Distância incômoda, frio vento na madrugada, sopro brisa arrepia pele e pelos. Mentalizo, construo imagens tijoloContinuar lendo “Clara”
Manifesto
Declarai-vos Livres! Vós que amarrastes valores cafonas em ganchos no âmago d’alma cercados de mágoas por todos os lados. Ignorância: península sinuosa! Sal de traumas, areia cinzenta e vento esculpem encostas íngremes. Paisagem montanhosa transpõe a praia da dor. Ai, a dor… A liberdade nos livra da dor, nos desveste do amor. Humanidade segregada: cegosContinuar lendo “Manifesto”
Cotidiano
Soco o olho do furacão ossos do pulso se quebram em cacos, esfacelados. Durante o jantar vejo a sombra dos famintos; me envergonho. A solidão da noite perturba quando se é refém de tantos pensamentos. O remorso dilacera o espírito. Feridas n’alma são mais difíceis tratar. Parece que na minha vida o vento provém, ordinariamente,Continuar lendo “Cotidiano”
Terra à vista
A vida acolhe quem sabe O que quer… O vento leva quem duvida. O sonho traz o bem me quer… Somente o poeta acredita. Os olhos veem o que quiser, O cheiro deixa a pista Nos braços dessa mulher Eu grito: Terra à vista! Autor William Cunha Cruz, brasileiro nato, natural de Itabuna – BA.Continuar lendo “Terra à vista”
As sombras no cantinho da bagunça
Você sabe do que estou falando. Mesmo as casas mais impecáveis, em brilho, sem poeira, costumam ter algum quarto ou pelo menos algum canto para depositar os objetos que não se encaixam bem no restante do lugar ou cujo destino ainda é incerto. De qualquer forma, tratam-se de utensílios com função tão pouco usual ouContinuar lendo “As sombras no cantinho da bagunça”
Às vezes
Não faço parte desse plano Como não ser se eu já sou? Às vezes ajo por engano… P’ra que partir se eu não vou? Não tenho mais a mocidade Quem quer saber aonde vou? Às vezes moro na cidade… Depois esqueço onde estou. Não sofra pela eternidade! Saudade é coisa para dois. Morrer é puraContinuar lendo “Às vezes”
Todos os mundos
“Sou um coração batendo no mundo. Quem me lê que me ajude a nascer.” (Clarice Lispector em “Água Viva”) A leitura literária nos remete a um mundo onírico particular, tendo em vista que um mesmo livro despertará reações diversas em cada leitor, e até no mesmo leitor, em épocas diferentes de sua vida. É umaContinuar lendo “Todos os mundos”