“Sei de gente que conta sua vida pelas casas em que morou, ou pelos filhos, empregos e até mesmo pelos carros.” Rosa Montero Quando esta coluna começou eu não sabia muito bem o que seria dela. Falar de livros, de como os livros nos movem, de como encontrar respostas nos livros, de como crescer lendoContinuar lendo “Ler, escrever e nos narrar”
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Boemia
De trago em trago a noite se esvai Dia que não chega A mente não quer mais O amor não vem O coração já não tem paz As cicatrizes na alma Os olhos já não veem mais Noites tristes Dias tristes Solidão não te quero mais. Autor Carlos Antônio Mariano tem formação em Publicidade E.Continuar lendo “Boemia”
Longe, muito além
A distância de nós até a lua Se faz insignificância se comparada À distância do olhar. Palavras aproximam, Distanciam. Ver a lua, Não enxergar amor, Ser amor, Não ter amor. Coração vazio Atormenta a alma. Sonhos do presente presos ao passado Não alimentam o futuro. Não é de amor que se vive, Sim de sonhos.Continuar lendo “Longe, muito além”
Clara
Clara luz de sóis distantes brilha a lua nua, pura, inverno no hemisfério sul. Claro orvalho sobre a rosa amor obducto nuvens manchas no céu marinho-azul. Velho coração improdutivo latifúndio à espera de reforma, invadido pelos afetos e sonhos. Distância incômoda, frio vento na madrugada, sopro brisa arrepia pele e pelos. Mentalizo, construo imagens tijoloContinuar lendo “Clara”
As marcas das minhas leituras
“Eu sou essa gente que se dói inteira porque não vive só na superfície das coisas.” Rachel de Queiroz A leitura é sempre marcante. Porém atrevo-me a dizer que, algumas leituras são mais que outras, pois alguns livros tatuam em nossa alma a sua essência sem que percebamos e suas histórias, personagens e trechos nosContinuar lendo “As marcas das minhas leituras”
Às vezes
Não faço parte desse plano Como não ser se eu já sou? Às vezes ajo por engano… P’ra que partir se eu não vou? Não tenho mais a mocidade Quem quer saber aonde vou? Às vezes moro na cidade… Depois esqueço onde estou. Não sofra pela eternidade! Saudade é coisa para dois. Morrer é puraContinuar lendo “Às vezes”
Em mim esqueço
Vigília na madrugada é tudo ou nada… o tempo perpassa no próprio compasso um silêncio espasmo sombra na parede tatuada. Redondilha menor ou maior, que importa? Escrevo e só; verso-dissimulo desatento, afogo mágoas, palavra por palavra, em tinta. Mergulho: grito ao pé d’ouvido rigoroso andar das horas noite adentro, amor próprio escasso inebriado fico. AfundoContinuar lendo “Em mim esqueço”