Filosofia Antiga

Penso, logo escrevo. Escrevo, logo existo. Se penso, escrevo, existo: liberto o poema da caverna regresso e extravaso: grito! Dois dedos no fundo da goela me sufocam na multidão; aflito. É que meu mundo das ideias está em constante conflito. O mundo material desmorona, no ato final; apocalíptico. Careço parar de pensar escrevo paródias deContinuar lendo “Filosofia Antiga”

Noite de outono

Ó noite de outono! Tu que és de natureza pródiga hoje exibe canhestra estrelas sob a bruma espessa. Ó noite treva de outono! demienluarada, tenebrosa, anuncia trovoada estrondosa o temporal; torrente chuvarada. Chuva-nos, ó noite mãe! das cidades às matas da sede urgente, margens transbordadas do povo das terras duras, seca-rachadas, das dores, da fome,Continuar lendo “Noite de outono”

Solidão

solidão: lugar comum pra quem paquera estrelas uma pena de lá ninguém flertar de volta sinfonia n’aurora cântico que o vento aflora dia passa tanto faz se fez foz do meu pranto trago verdades choro de canto acendo o cachimbo nascente, poente mercúrio retrógrado patino no limbo apelo ao planeta regente socorro! Autor Mário L.Continuar lendo “Solidão”

Na ponta dos pés

Ando na ponta dos pés assim fico mais perto das estrelas mesmo que meus dedos ainda toquem o chão e minhas mãos não alcancem o firmamento, estendo-as. Olho pro céu a treva total encobre a lua cosmonauta no escuro a vida tá louca na terra adoecendo todo mundo pra burro o salário cada vez maisContinuar lendo “Na ponta dos pés”

Matemática da Vida

No cair da tarde fria na amplidão do céu narcótico num cor-de-rosa lisérgico Sua Alteza, o Sol, sucumbia Rasgo com as mãos o firmamento procuro pérolas em conchas furta-cor São quinze passados das seis dez quadriênios em instantes quarenta é o dobro de vinte a matemática ainda é como antes Passo o passado a limpoContinuar lendo “Matemática da Vida”

XEQUE-MATE!

No rabo da estrela cadente surfa minha bruxa madrinha; chacoalha a varinha condena-me a dúvida atroz: e nós? Nós não povoamos o mundo? não poluímos os rios? não acendemos pavios? nós, nesse viver, matar e morrer… em vão. Somos apenas peões marchando alinhados num tabuleiro hostil Xeque-mate! Autor Mário L. Cardinale é capriconiano, natural deContinuar lendo “XEQUE-MATE!”

Recomeço

No rasto encalço ao morrer esqueço, a morte finda tudo. Recomeço. Ao nascer do sol no teu calor me aqueço, me nutre e me refaz. Recomeço. Dias subtraem horas, o relógio larapia o tempo quando em movimento. Recomeço. Ocaso marinho azula todo o firmamento antes cinzento. Depois a noite escoa pela madrugada a dentro, tudoContinuar lendo “Recomeço”

Sou Poeta

Sou poeta! telhudo… sou espectador das estrelas. Mesmo em noite anuviada eu espero a madrugada mirando no céu, entrevendo-as. Sou de lua! de veneta… sou astrólogo de buraco negro, astronauta e trovador. Eu canto a miséria do povo e canto também o amor. A estrela é pro céu como pro jardim é a flor, FerreiraContinuar lendo “Sou Poeta”

Horóscopo News

Extra! Extra! notícia direta dos astros parece que os planetas se alinharam a seu favor uma bruxa me contou: és animal sensível criança sem tutor poeta sem mentor faça algo! faça! tudo a ti está promissor o que quiser fazer concretizar-se-á mas só alcançará se algo iniciar és réu no seu julgamento mental executor daContinuar lendo “Horóscopo News”