Penso, logo escrevo.
Escrevo, logo existo.
Se penso, escrevo, existo:
liberto o poema da caverna
regresso e extravaso: grito!
Dois dedos no fundo da goela
me sufocam na multidão; aflito.
É que meu mundo das ideias
está em constante conflito.
O mundo material desmorona,
no ato final; apocalíptico.
Careço parar de pensar
escrevo paródias de mim.
Se penso, escrevo, existo: Resisto!
Se eu parar de fazer isso?
então está consumado; fim.

Autor

Mário L. Cardinale é capriconiano, natural de Poá, município da Grande São Paulo.
Formado em Farmácia, atualmente embrenha-se no estudo das humanidades, sendo a filosofia, a política, a música e a literatura suas paixões.
É casado, pai de Alice e Gael. O poeta dedica-se à escrita há cinco anos, lançando no final de 2020 uma reunião de seus primeiros poemas intitulada “O Mundo do Poeta”.
Instagram: @mariolcardinale