Descrença

Acusa-me de não querer seu deus
pois me entende poeta.

Ora, no poeta também habita
a vida e a crença científica,
por isso renega aos dogmas
e todos os ritos extirpa.

Bem verdade que tu
nada entende de sativa,
nem de poetas suicidas,
as mal curadas feridas
tombos e vendavais…

Hecatombe, haja!
Fez-se: o tempo e a luta.

Se de poeta entendesse
diria tu de joelhos em prece:
lápis papel poesia,
a rima é a reza de todo dia.

E na cabeça do poeta,
nos arredores da egolatri(n)a,
o medo, a tristeza e a agonia.

Quem dera, um dia tudo cesse.
Assim faço lar neste jardim
onde deus ainda floresce.

Autor

Mário L. Cardinale é capricorniano, natural de Poá, município da Grande São Paulo.

Formado em Farmácia, atualmente embrenha-se no estudo das humanidades, sendo a filosofia, a política, a música e a literatura suas paixões.

É casado, pai de Alice e Gael. O poeta dedica-se à escrita há cinco anos, lançando no final de 2020 uma reunião de seus primeiros poemas intitulada “O Mundo do Poeta”.

Instagram: @mariolcardinale

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