Eu sei, você deve ter crescido ouvindo: para de se amostrar moleque(a), isso é falta de humildade!
Mas muitas vezes quem te disse isso partiu justamente da dor de não conseguir se expor ou de ter se ferido, num mecanismo de projeção inconsciente da própria sombra sobre o outro (sombra é aquilo que temos oculto em nós…).
É preciso perceber QUEM diz e a partir do filtro de qual sentimento/experiências construiu a fala. Pois muitas vezes vem de um sentimento de dor e rejeição que são péssimos GPS e óculos bem sujos e traiçoeiros, deturpados.
Muitas vezes não-se-expor é uma violência contra a nossa própria criança interior cuja luz vai ficando abafada em caixas e julgamentos que criamos antes mesmo de vivermos as experiências, assustados de novo e ainda por vozes interiores dos adultos que castraram a nossa criança tão cedo, mesmo que bem-intencionados tentando proteger ou doentes mesmo.
Se expor traz riscos, mas pode ser mais consciente! Um óculos cravejado de um otimismo-alucinado também convida traumas. Há o risco de ficar no vácuo, de receber críticas injustas, de sentir vergonha, comparação, ser apedrejado e etc. Porém, o nosso maior medo não está entre esses, mas é o de quebrar a própria zona de (des)conforto.
Pois se escondendo do mundo talvez a gente não sofreria nada disso das pessoas que nos circulam. Mas do que adianta? Se já estamos sofrendo isso 24h da pessoa que mais deveria nos apoiar? De si mesmo!
Se expor vai doer muitas vezes, principalmente ao perceber nossa vulnerabilidade, mas também pode trazer junto o exercício de encontrar a SUA medida entre as polaridades: a necessidade do descanso, de se Yinteriorizar e depois “gestar” e parir para o mundo a nossa expressão única, expor é Yang!
Sem equilíbrio ☯️ nos tornamos repetidores, e… olhe à sua volta. O mundo já é cheio de meros repetidores, zumbis, os mesmos tipos de cabelos, mesmas gírias, roupas, que tédio! Tudo isso porque aprenderam a vender a alma para a Matrix em troca de pseudoaceitação social.
Você merece mais!

Autor

Roni Diniz é multiartista e terapeuta holístico.
Bacharel em Publicidade, técnico em Artes Dramáticas (Ator) e em Design Gráfico, possui formação em Kriya Yoga de Babaji, 1º Nível, em Hatha Yoga Elementary Level 2 pelo Centro Cultural da Índia Swami Vivekananda em São Paulo.
Atua como terapeuta holístico, pesquisador e facilitador em temas como criança interior, masculinidades e sagrado feminino. É habilitado como Thetahealer e praticante de Barras de Access.
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