Certamente há uma gigante vivendo entre nós, ela é verde, úmida e descrevê-la em números é assombroso. São mais de 6 milhões de quilômetros quadrados de extensão abrigando, só de plantas, cerca de 30 mil espécies ao longo de 9 países diferentes. Talvez alguém de humanas, como eu, tenha dificuldade em realizar tais números. ParaContinuar lendo “Uma gigante entre nós”
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Uma trajetória se constrói com muitas mãos
Biografias são controversas e, entre as melhores, estão as que fogem do lugar panfletário trazendo verdadeiras lições de vida, não somente pelo aspecto da superação de obstáculos, um lugar comum a todos, mas pelas incríveis relações e conexões que as fizeram persistir em suas escolhas. Lançado quando Patti Smith tinha mais de sessenta anos, SóContinuar lendo “Uma trajetória se constrói com muitas mãos”
A dor de não ser o que se é
A grosso modo, o ser humano constrói sua individualidade a partir de processos internos e externos. Podem-se considerar como fator externo os comportamentos e posturas comuns à comunidade em que se vive. Enquanto isso, a subjetivação, em termos muito simplórios, refere-se aos critérios internos a partir dos quais cada um elabora suas subjetividades. Isto é,Continuar lendo “A dor de não ser o que se é”
Uma mãe para chamar de minha
“Saiba: todo mundo teve mãeÍndios, africanos e alemãesNero, Che Guevara, Pinochete também eu e você” Pode parecer óbvio dizer que todo mundo teve mãe, mas os versos da música Saiba, de Arnaldo Antunes, reforçam a máxima que muitas vezes parece escapar a um ou outro ser humano, de que viemos todos de um lugar comum.Continuar lendo “Uma mãe para chamar de minha”
Por detrás da delicadeza alada
Pássaros são criaturas intrigantes. A despeito de nós que estamos condenados à terra firme, eles voam e são um potente símbolo de liberdade. Além disso, muitos pássaros são engenheiros habilidosos e ostentam lindas plumagens, uns são bem pequenos e outros são imensos. Alguns vivem solitários em altas montanhas rochosas, outros mergulham em alto-mar para pescarContinuar lendo “Por detrás da delicadeza alada”
Enfrentar mistérios e viver o novo são coisas de criança
Tornar-se adulto é perder um pouco do encantamento pelo desconhecido de que só uma criança curiosa pode desfrutar. É ostentar uma carapaça que muitas vezes blinda o olhar para pequenas maravilhas, como a incrível constituição do vagalume que carrega uma luz dentro de si. Ninguém que cresce pode voltar a ser criança e, a menosContinuar lendo “Enfrentar mistérios e viver o novo são coisas de criança”
É (im)possível ser feliz sozinho
Um dos clássicos da bossa nova sentencia: é impossível ser feliz sozinho. Mas se tem uma coisa que a pandemia nos empurrou goela abaixo foi a solidão. O mundo ficou mais triste, isolado, e muita gente teve que aprender na marra a encarar a solidão. Na literatura, alguns personagens vivem com desfaçatez sua vida solitária,Continuar lendo “É (im)possível ser feliz sozinho”
Uma chama não perde nada ao acender outra chama
“Uma chama não perde nada ao acender outra chama” é um provérbio africano que está na dedicatória com que Ana Maria Gonçalves abre seu livro, Um defeito de cor, lançado pela Editora Record em 2006 e que nos ajuda a refletir sobre privilégio. Este emblemático romance narra a vida de Kehinde, uma heroína épica queContinuar lendo “Uma chama não perde nada ao acender outra chama”
A paz que falta ao mundo
O cenário geopolítico está em constante transformação: estima-se que atualmente há em torno de trinta conflitos ocorrendo. O mundo vive num estado permanente de guerras que se arrastam em embates internos ou externos, alguns desde os anos 90, outros desde muito antes. Para ilustrar essa afirmação, os conflitos na primeira guerra mundial ocasionaram a quedaContinuar lendo “A paz que falta ao mundo”
Como ser mulher em março
“Não adianta: feminista só é bem-vinda uma vez ao ano. Eu me sinto praticamente um panetone, com a diferença que o panetone (ou, sua versão de chocolate, pelo menos) é consenso; feminista, não.” estas palavras são de Marcella Rosa Abboud no livro Como sobreviver ao 8 de março e nos provocam sobre como a sociedadeContinuar lendo “Como ser mulher em março”